Além das perenes questões ontológicas que coloca ao humano, o tempo tornou-se um fator crucial nas articulações da comunicação com a cultura, a política, a economia. Em todas as áreas de investigação em comunicação é relevante adotar perspetivas que envolvam o fator tempo e convocar análises capazes de equacionar presente, passado e futuro, indo além da sensação de urgência que este nosso tempo permanentemente nos impõe e que hoje é, ela própria, uma questão no seio dos processos comunicativos.
Tomar o tempo como ângulo de abordagem da comunicação implica analisar questões prementes como sejam a aceleração, o imediatismo, a narrativização e a economia da atenção, mas sem deixar de refletir sobre aspetos clássicos e recorrentes, como sejam a construção da memória, as temporalidades da informação ou a evolução das tecnologias.
As inovações tecnológicas, elas próprias incorporando e projetando uma certa ideia do tempo como valor, e a sua confluência com as transformações e as instabilidades que atravessam a economia dos media, as configurações do político e as identidades culturais fazem do tempo um vetor indissociável das relações sociais de poder e de autonomia individual.
O tema “Comunicação e Tempo” abrange uma ampla gama de possibilidades de investigação, que vão desde as transformações nos ciclos de produção comunicacional até às repercussões da inteligência artificial nos processos de trabalho. A contemporaneidade é marcada por dinâmicas comunicativas que influenciam a forma como a informação é produzida e consumida. Pode-se por exemplo questionar como a digitalização e a plataformização têm um impacto direto na temporalidade no campo comunicativo, moldando a comunicação política e mediática numa era de redes sociais e consumismo.
Os meios de comunicação desempenham um papel crucial na história, sendo simultaneamente fontes de investigação e veículos de mudança social. A construção das temporalidades nos diferentes meios levanta questões sobre a perceção e a experiência do tempo, destacando diferentes lógicas de periodicidade, ciclos de produção e fluxos contínuos de conteúdos. Esta complexidade implica a necessidade de discutir como os arquivos funcionam como depositários do tempo e quais as consequências disso para a memória coletiva e histórica.
Refletir sobre comunicação e tempo implica pensar também a construção das identidades e dos papéis sociais, considerando o impacto da urgência e do imediatismo característicos da cultura jornalística atual. As noções de sincronia e assincronia nas transmissões em tempo real, bem como os formatos narrativos, como o storytelling, são explorados sob a lente da temporalidade na transmedia. Esta tendência sugere uma transformação nas expectativas do público em relação à novidade e à atualidade.
Além das inovações tecnológicas e das respetivas acelerações, emergem contraculturas que defendem uma abordagem mais lenta, como o slow media e o slow journalism. As projeções e representações do futuro nos meios de comunicação, assim como a forma como os temas ecológicos são tratados, revelam uma perspetiva temporal que aborda questões de emergência, transição e finitude. As experiências intergeracionais e o sentimento de nostalgia que permeiam a indústria, são outra das muitas áreas de estudo possíveis sob o domínio temático “Comunicação e Tempo“.
A Faculdade de Artes e Letras (FAL) da UBI localiza-se nas antigas instalações da Real Fábrica de Panos, no Polo I, edificada com pedras do antigo castelo da Covilhã. A faculdade engloba áreas tradicionais das Letras, Artes, Filosofia e Ciências da Comunicação, com as vertentes de Jornalismo, Publicidade e Relações Públicas. Estas áreas desdobram-se em cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento, conciliando ensino e investigação.
O ensino é assegurado por um corpo docente jovem e altamente qualificado, distribuído por três departamentos: Comunicação, Filosofia e Política, Artes e Letras. Já a investigação é realizada em duas unidades de I&D financiadas pela FCT: LABCOM e PRAXIS – Centro de Filosofia, Política e Cultura.
A FAL conta atualmente com mais de 1.600 alunos matriculados, provenientes de 29 países. Entre a sua ampla oferta formativa destacam-se a licenciatura em Ciências da Comunicação, os mestrados em Jornalismo e em Comunicação Estratégica e o doutoramento em Ciências da Comunicação.
Para materializar as suas atividades de ensino e investigação, a FAL possui instalações modernas, de que se destacam o estúdio de televisão, o estúdio de som, o estúdio de rádio, o laboratório multimédia, Cinubiteca – sala de cinema e o laboratório de línguas. A estas instalações junta-se um fundo bibliográfico significativo na Biblioteca Central da UBI, que cobre as várias áreas de ensino e de investigação da faculdade e se encontra aberta 24 horas.
O LabCom é uma unidade de investigação na área das Ciências da Comunicação, criada em 2002 na Faculdade de Artes e Letras (FAL) da UBI que desenvolve investigação avançada em comunicação e novas tecnologias de informação, com ênfase nos processos online e digitais, para avaliar o seu impacto na vida quotidiana e compreender os fenómenos comunicacionais a nível individual, comunitário e societal.
A investigação do LabCom está organizada em quatro grupos de pesquisa: Estudos dos Media, Estudos de Jornalismo, Comunicação Estratégica e Cultura, Identidade e Memória. A equipa do LabCom conta com 40 membros doutorados integrados, 58 colaboradores e 2 investigadores contratados a tempo inteiro via cofinanciamento da FCT.
O LabCom tem um forte compromisso com a publicação em acesso aberto, destacando-se como pioneiro na disponibilização online dos seus resultados de investigação. Esse compromisso impulsionou o desenvolvimento de infraestruturas digitais robustas, que conquistaram reconhecimento internacional, resultando em milhões de visitas e downloads anuais dos seus livros e revistas científicas. Destaca-se a revista Estudos em Comunicação, indexada na Scopus e a Editora Livros LabCom, que conta com mais de 250 obras no seu catálogo.
02/04/2025: abertura da chamada de artigos, livros e projetos
15/06/2025: encerramento da chamada de artigos, livros e projetos
31/07/2025: notificação de aceitação
15/10/2025: fim do período económico de inscrição
30/11/2025: publicação do programa provisório
15/12/2025: fim do segundo período de inscrição
05/01/2026: publicação do programa definitivo
08/02/2026: fim do terceiro período de inscrição
08/02/2026: pré-conferências
11-13/02/2026: XIV Congresso Sopcom
13/04/2026: envio do texto integral para publicação
02 de abril de 2025: abertura da chamada de artigos, livros e projetos
15 de junho de 2025: encerramento da chamada de artigos, livros e projetos
31 de julho de 2025: notificação de aceitação
15 de outubro de 2025: fim do período económico de inscrição
30 de novembro de 2025: publicação do programa provisório
15 de dezembro de 2025: fim do segundo período de inscrição
05 de janeiro de 2026: publicação do programa definitivo
08 de fevereiro de 2026: fim do terceiro período de inscrição
08 de fevereiro de 2026: pré-conferências
11-13 de fevereiro de 2026: XIV Congresso Sopcom
13 de abril de 2026: envio do texto integral para publicação
A Sopcom é uma associação científica sem fins lucrativos que tem por objeto estatutário desenvolver a investigação em Ciências da Comunicação. Fundada em 06 de fevereiro de 1998, a Sopcom pretende ser a associação representativa desta área científica junto do poder político. É seu objetivo ser, de algum modo, o rosto da comunidade científica nacional das Ciências da Comunicação em Portugal e também no estrangeiro.
O XIV Congresso da Sopcom é organizado pelo LabCom, uma unidade de investigação financiada pela FCT, sediada na Faculdade de Artes e Letras da UBI, Covilhã. O LabCom conta atualmente com cerca de 40 investigadores integrados, que atuam na área do jornalismo, estudos dos media, comunicação estratégica e cultura, identidade e memória. Além da investigação, a atividade do LabCom desenvolve-se na área da formação avançada e publicação.
© 2025 – LabCom – Direitos Reservados
A Sopcom é uma associação científica sem fins lucrativos que tem por objeto estatutário desenvolver a investigação em Ciências da Comunicação. Fundada em 06 de fevereiro de 1998, a Sopcom pretende ser a associação representativa desta área científica junto do poder político. É seu objetivo ser, de algum modo, o rosto da comunidade científica nacional das Ciências da Comunicação em Portugal e também no estrangeiro.
O XIV Congresso da Sopcom é organizado pelo LabCom, uma unidade de investigação financiada pela FCT, sediada na Faculdade de Artes e Letras da UBI, Covilhã. O LabCom conta atualmente com cerca de 40 investigadores integrados, que atuam na área do jornalismo, estudos dos media, comunicação estratégica e cultura, identidade e memória. Além da investigação, a atividade do LabCom desenvolve-se na área da formação avançada e publicação.
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